segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feliz Domingo



Pois bem... Domingão de Páscoa, tô lá todo pimpão curtindo os últimos momentos do meu fim de semana, jogando um FreeCell cabuloso, pensando onde por aquele dama de copas que tava fudendo minha vida toda... até aí tudo normal, tudo na boa, tudo numa nice.

Eis que de repente, não mais que de repente, adentra meu pai pela sala e já começa estragar meus planos de ócio "o meu filho, queria te pedir uma coisa".
Nessa hora eu já pensei "PUTA QUE O PARIU!" Porque é incrível, toda vez que o meu pai me chama de filho existem 3 possibilidades:
a) Aconteceu alguma merda
b) Tá acontecendo alguma merda
c) Tá pra acontecer alguma merda

Já comecei a pensar o pior, achando que meu pai ia me expulsar de casa alegando não poder mais me sustentar. Meio desesperado e com medo de ficar sem-teto tentei levar na simpatia "Fala aê, paizão! Que q c manda?"
Pronto! Arrumei o caminho pra merda começar a feder.

Sem timidez nenhuma ele já soltou "Ah... nada demais. É que a minha carreta tá lá fora, num vai dar pra por na garagem (não sei de onde ele tirou isso, já que na minha casa nem tem garagem, eu simplesmente chamo aquilo de terreiro que eventualmente usamos pra guardar veículos), vc sabe como é, né? Essa violência e insegurança nos nossos dias atuais, não podemos facilitar. Então queria que vc dormisse lá na carreta de novo (sim, essa não foi a primeira vez). Faz esse favor pro pai."

Fiquei puto da vida, né? Trocar meu colchão fofinho por um banco duro... como David Gilmour disse em wish you were here "did they get you to trade cold confort for change?" aiai, vida cruel...
Mas nem contestei. Meu pai já me havia provado em outras oportunidades que a vida da carreta dele é mais importante que a minha. Num tava afim de passar por isso de novo.

Hum..., fiquei em casa mais um pouquinho, tinha que acabar de ver 7 Anos no Tibet. Tava lá horrorizado com a opressão do governo chinês, percebendo que o amigo do Brad Pitt no filme já fez algum dos 38 Harries Potters que existem..., enfim, fiquei lá na esperança do meu pai ter compaixão e falar "quer saber? Foda-se os bens materiais, pode ir lá dormir na sua cama quentinha e aconchegante, afinal, amanhã vc acorda cedo pra trabalhar."

Mas não, NÃÃÃOO, meu pai não falou nada disso. Só me restou arrumar uma trouxinha e ir passar a noite no relento.

Quando eu achava que já tava tudo perdido e fudido, que nada podia piorar, o destino apronta mais uma comigo.
Eu saio com o meu travesseirinho na mão e me deparo com um casal se pegando loucamente no portão da minha casa, bem... acho que no portão da casa do meu vizinho pra falar verdade. Ah... não interessa! Interessa que eles tavam ali na minha frente tentando fazer o kama sutra número 27, se não me engano. PORRA, lamentável! Eu olhei pros dois com uma cara de "WTF?!"
E o sem-vergonha, transgressor da moral e dos bons costumes teve a pachorra (paxorra, sei lá!) de perguntar se eu tava incomodado, se tinha algum problema. NÃÃÃÃOOO, imagina! Num tem problema nenhum. O cara achou o que? "Ó gente, só vim aqui perguntar se não tá falatando nada. Olha só, meu quarto tá liberado essa noite, só vim aqui pra oferecer meus aposentos."

O mais impressionante é que eles continuaram a sessão privé ali por mais um tempo sem se importar com nada na vida. E o incrível que eu quase pedi desculpas por estar passando na hora indevida.
E depois o maluco ainda foi embora me xingando, ele e a muié dele, aquela mocréia sem dente.

Bom, quando eu já tava instalado no meu dormitório, percebi que tava mais calor que o sertão do Ceará e eu tava suando mais que o Frank Caldeira depois da maratona. Todo feliz pensei "pelo menos essa porra ter ar-condicionado". Ahhhh... GRANDE IDÉIA. Não sei o que eu arrumei com o bagulho, mas devo ter ligado no modo Alasca, porque eu comecei a tremer dum jeito, sérião. E eu não sabia reverter a situação, porque simplesmente não tinha um botão do tipo DESLIGA/OFF, nem conseguia diminuir a intensidade, nem nada, fiquei ali mesmo vivendo a Era Glacial.

E pra fechar com chave de merda eu resolvo ligar o som pra (des)estressar. Levei até uns CD's pra passar a noite.
Depois de 4 horas brigando com os aparelhos consegui ligar a bagaça, ÊÊÊÊÊ!! Aí do além começa a tocar um Chitãozinho & Xororó. Okay, no problems, era só tirar, né? Hum... mas quem disse que eu conseguia tirar aquela bosta de CD? Claro que a parada tava estragada, tudo que eu tentava era em vão. De novo eu tava de mãos atadas, num tava tendo sucesso nem pra colocar na rádio. Putz...

Aí como desgraça (desventura pros que não gostam de palavrões) pouca é bobagem, incrivelmente do nada o CD decidiu que ia agarrar. Agora imagina um remix do Xororó: "Vá pro infeeernooo, com o seu amoooooorr-mor-oor-mmor-o-oor... inf-fer-fer-no-o c-c-coom-om se-u-seu-u..."

Blááá. Foi isso o meu final de domingo. Resumindo a obra: deitado num banco/cama duro, com um DJ sertanejo, dando uma festa num apê no Pólo Norte depois de ter visto o sósia do Mussum mandando ver na Hebe banguela.

2 comentários:

  1. HUAUHAHUAHUAUHAHUAHUA
    o véi.. c tem noção q c conseguiu prender mais minha atençao do q a novelinha das 9?
    parabens..

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  2. luuh.. q isso vey..
    sua cabeçinhaa é brilhante...
    hauhaua huahua ..
    eu disse que esse blog seria uma diversão p mim ..
    mto bom !!!

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