Hoje eu percebi que pessoa infeliz sou eu. Sabe aquele almoço no fim de semana com a família toda em volta da mesa? Pois é, há tempos não sei o que é isso.
Como vocês sabem minha família possui um estabelecimento comercial destinado ao público boêmio, consumidor de bebidas alcoólicas, apreciador de tabaco e degustador de alimentos típicos de tavernas. OKAY, minha mãe tem um boteco, pronto falei! e dái?
Então, como bom filho que sou, fico olhando esse estabelecimento para que possam ser feitos os afazeres domésticos da minha casa, inclusive o almoço, já que a empregada simplesmente decidiu que merece folgar nos (aos. Sei lá! não sei português, foda-se!) sábados. Enquanto o pobre coitado aqui não tem descanso nunca.
Continuando... minha mãe faz um almocinho gostoso (nem sempre, né?) pra toda família. So... todo mundo senta em volta de mesa, conversam, peidam, contam piadas, debatem se o Obina é melhor que o Eto'o, aquela coisa toda.
Tudo muito lindo, tudo muito bem. Mas aí você pergunta: "onde o Lucas tá numa hora dessas que não compartilha desse momento em família?" Eu te respondo: Tá lá que nem um peão atrás daquela porra de balcão olhando o bar enquanto todo mundo se diverte na fartura.
Depois que todo mundo já tá cheio e feliz alguém lembra que esse coitado aqui ainda é parente e precisa comer também.
Então quando ele chega pro almoço o que acontece? O bife tá tão macio quanto um pedaço de madeira e tão quentinho quanto um picolé! O arrroz já virou um Monte Everest, tem três moscas fazendo nado sincronizado no feijão, a batata já tá no bico da pomba, a salada... bem, que salada?
E isso, meus caros, não é o pior! De repente vem aquela solidão... um almoço de fim de semana sozinho, apenas os pensamentos, o vento cortando o rosto, o barulho do garfo no fundo do prato, aiai. Aí depois do 6° copo de coca-cola você dá aquele arroto cinematográfico de 20 segundos ininterruptos. E não tem ninguém, NINGUÉM pra te parabenizar. Sem ter um pai do lado pra dizer: "que coisa, hein, filhão?! Que orgulho!" Nada disso.
Já pensei em arrumar uns amigos imaginários pra almoçar comigo nos fins de semana, mas acho que minha companhia no almoço tá sendo tão desprezada que até meus amigos imaginários vão arrumar outros compromissos pra essa hora.
É só, agora é esperar o próximo almoço de sábado/domingo e comer quietinho na solidão...
Meio dramático, mas é a realidade desse pobre garoto
ResponderExcluirjá te disse, né?!
ResponderExcluirpode me chamar pra almoçar com vc.
Júlio num tá morando aí mais não??? Acostuma com o cara aí de segnda a sexta depois sente falta...
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