quarta-feira, 28 de abril de 2010

MSN: Use com Moderação


Campanha pelo uso consciente do MSN

Tava dando uma olhada na minha lista de contatos do messenger esses dias...

Pfff... vou dar uma idéia pra vocês, galerinha do meu coração: não é nada bacana ficar desabafando sua vida ruim no espaço reservado ao nome e à mensagem pessoal, que apesar de ser pessoal, não significa que você precisa abrir o berreiro virtualmente no seu messenger.

Frases tristes e melancólicas só conseguem provocar risos e mostram o quão você é uma pessoa coitada e digna de pena (Não, ele não vai voltar pra você quando ler a sua grande frase de efeito, desista!). Pelo amor de Deus, eu dou muita risada quando leio essas coisas, mas no fundo eu morro de dó em ver você se humilhando.
Tá vendo? Até que sou uma pessoa boa, só quero te ajudar.

Outra coisa, também não é uma boa idéia soltar pérolas do tipo "Floripa/Rio/Porto Seguro/Diamantina/Londres me aguarde, tô chegando!" Sério, isso simplesmente demonstra que você é uma pessoa desesperada por atenção.
E por favor, quando você estiver no meio da sua ótima viagem não entre e desentre (se é que essa palavra existe) no msn de forma alucinada toda hora com a frase "uhuuu! curtindo muito Floripa/Rio/Porto Seguro/Diamantina/Londres!! bombando muito!". Vamos ser realistas, né? Se a sua viagem realmente estivesse boa você não estaria nem pensando em usar o seu lap-top.

E pode levar a sério uma coisa, ninguém suporta frases do tipo "vamos arrasar no fds, amigas!", "owww, festa de sabado bombou, hein, galera?". Cara, como eu vi numa comunidade do famoso B! uma vez, ninguém tá pouco se fudendo se você causou na festa de ontem com a Mah, Nah, Pri e Gih ou se você e o Marcão beberam todas. Juro, não é importante dividir essa informação com todos da sua lista do seu messenger.

Okay, você gostava muito do seu cachorro, eu sei, triste ele ter partido assim. Mas porra, não precisava colocar "LUTO ETERNO! minha vida nunca mais será a mesma sem vc, Rex" em letras garrafais pra todo mundo ler.

Olha, para de tentar vender ingressos pro Axé Brasil, Luau do Jammil, Gaiolas das Popozaudas e afins pelo msn. Não é uma boa estratégia, tô sendo sincero, isso não é legal.

Pare de pensar que o mundo gira ao redor do seu umbigo e principalmente, pare de escrever sobre isso. Que se dane se o Fabrício quer pegar a sua muié, se a Laura tá com inveja do seu cabelo, se a sua mãe tá saindo com o Rafinha do 2° ano, se você pegou e dançou créu com o namorado da Letícia ou se você vai juntar com a Paulinha e bater naquela Soraia putona. seus 175 contatos do msn não precisam saber de nada desses grandes eventos.

AHHHH... e as frases malandronas, hein?! O que me dizem? "malandro é o pato, que nasce com os dedos grudados pra não usar aliança", "malandro é o mário, q tira moeda de tijolinho", malandro é o cavalo-marinho, que se finge de peixe pra não puxar carroça", "quando vc tá indo, eu tô é voltando, baby", "migué pra cima de mim não". É muita malandragem pra pouco espaço.
Não fique contando grandes novidades. E dái que começou o ano novo chinês? Quem liga?

Tenha clemência, sem frases apelativas pra eu lutar pela paz do mundo, participar da passeata da maconha, ficar penalizado com as pessoas que morrem de fome na África, fazer trabalho voluntário por qualquer igreja de qualquer religião que seja, parar de comer carne ou entrar pro Greenpeace (não, eu não vou sair com você em pleno Domingo as 6 da manhã pra plantar uma árvore numa praça famosa da cidade). As pessoas que realmente fazem diferença nessas causas citadas acima não estão tentando mudar o mundo através do msn, pode ter certeza disso. Não adianta usar frases do Che Guevara, Dalai Lama, Mahatma Gandhi e outros; ninguém vai se sensibilizar.

Outra observação: vamos simplificar, não digite seu nome com aqueles mil emoctions pulando, ainda mais se você já tiver 18 anos. Você já passou da idade de ser meiguinha(o).

Vocês sabiam que tem idiota que até anuncia seu blog pelo msn? Brincadeira, né?! Veja só. hahaha

Pra finalizar,...
Na boa, não conte seus rolos, tocos, saídas, humor, idas ao banheiro, trabalhos da faculdade, dia de menstruação, dia que você transou, dia que você broxou e afins pelo msn. É a sua vida, não é todo mundo que precisa ficar sabendo. Porque depois, coleguinha, você vai ficar reclamando que ninguém te deixa em paz e invadem a sua privacidade né, criatura? E as pessoas que você realmente acham interessante e tem amizade vão te achar no minímo uma pessoinha babaquinha. FIM.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tela-Quente Especial


Oh, God! A vida anda tão corrida, né? Aiai... (mentira, nem tá tanto assim)

Então, acho que esse post vai ser rápido.

Ontem quando deu umas 10 horas da noite liguei a TV pra mor de ver um filminho na grobo, na esperança de tá passando alguma coisa boa. Olha que bela merda eu fui inventar. Antes tivesse pegado um DVD mesmo, como todo mundo esperto faz.

Enfim,... liguei a TV e tava passando aquele povo esquisito que aparece no final de cada capítulo da novela, dando um depoimento de história triste, mas com exemplo de superação. Aquela coisa gay que todo mundo já conhece das novelas do 'Maneco'. Já falei aqui minha opinião sobre essa 'brilhante' novela.

Pois bem, depois do susto inicial começou o tal do filme que eu já até esqueci o nome, diga-se de passagem.
O enredo do filme é tão ridículo e sem sentido que pra ser sincero eu nem entendi direito como a história se desenrolou. mas o fato é que tinha um maluco lá que não gostava de cachorro (nem dos filhos, nem de mulher, nem de sexo, nem da vida) e vivia bitolado no trabalho. (parece que) Do nada esse cara levou uma mordida do cãozinho cuti-cuti (ou seria guti-guti? Não sei. Fodas) dele e começou a se comportar como um cachorro. Depois ele virou um cachorro mesmo, algo desse tipo.

E fim! Pronto! Acabou! a história é essa! Genial!

Diante disso eu desliguei a TV e fui lá ver se o abacateiro da vizinha continuava dando abacate ou se ele tinha sido mordido por um cachorro e começado a latir. Hunf, vai saber, né?

Eu só me pergunto como o Robert Downey Jr e o Tim Allen se prestaram a fazer uma meleca dessa. Tsc, tsc...

Pensei que já tava de bom tamanho aqueles filmes da Sessão da Tarde de cachorro que joga basquete, que junta com um gato e atravessa os EUA (vide 'A incrível jornada'), que casa com golfinho, luta judô, etc. Tem aqueles bem famosos também: Napoleon, Lessy, dentre outros. E olha que eu tô falando só de filmes de cachorro, isso é pra não citar aqueles outros de menino que surfa na neve, obeso que vira ninja, brinquedinhos que fazem guerra, fusca que fala, criançada que junta o papai com uma prostitua qualquer (sim, isso é real. Vide 'a nova namorada do papai', ou algo assim), e por aí vai.

Por mais retardados que esses filmes sejam, tem que se levar em conta que os mesmos passam em horário de audiência relativamente baixa, nos quais as (filhas da puta e mercenárias) redes de televisão preferem não fazer grandes investimentos.
Mas outra coisa é passar uma porra de um filme de homem que vira cachorro no chamado horário nobre da TV. Nobre é a minha paciência pra ter aguentado meia hora dessa merda.

Se for pra passar homem que vira cachorro é melhor por TV Colosso na grade de programação novamente.
Ah... bons tempos eram os da TV Colosso...

Ps 1: só pra constar, me disseram que esse tal do cachorro era eterno e que tudo deu certo no final. Supreendentemente a história teve um final feliz.

Ps 2: Tentei arrumar uma imagem do filme de ontem, mas como fui incapaz de lembrar o nome do mesmo, botei essa aí e boas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Vovós do Século XXI


Hm... Definitivamente não se fazem mais avós como antigamente. As minhas são totalmente fora do padrão de vovós fofinhas.
Uma delas, por exemplo virou forrozeira da noite pro dia. Assim como do nada milhões de crianças e adolescentes viraram emo, minha vó começou a curtir um forró. Olha que trem! E a véia tá frenética, viu? Indo no arrasta-pé de de quarta a domingo.

Num dia aí qualquer tava chegando do trabalho, quando reparei num grupo de velhinhas assanhadas, com roupas extravagantes, rindo pra dedéu. Foi então que uma senhora me chamou mais atenção que as outras; ela tinha a voz da minha avó, o cabelo da minha avó, a altura da minha avó, o jeito da minha avó, enfim... era a minha avó.

Cheguei lá com cara de pai bravo e falei "vó, que roupa é essa? Que saia verde é essa? Por que esse brinco gigante? E esse monte de colar pendurado? Me diz pra que essas pulseiras e esse mucado de anel. Vóóóóó, pelo amor de Deus, a senhora é uma mulher viúva, que que as pessoas vão dizer? Vóóó do céuu, a senhora tá de... a senhora tá decotee?!?! Meu Deuusss, cobre isso vó, E essa jaqueta rosa? Vai pra sua casa, muié!" Depois de implorar e argumentar tanto, minha vó meio que tocou um fodas pra tudo que eu disse e falou "ah... tô indo pro forró, não adianta falar nada, eu tô indo e pronto." E foi mesmo, juntou com a turminha da pesada dela e foi-se embora com a velharia pro forró do mangabinha. Rebolar até o Sol raiar.

Teve uma outra vez que também foi incrível. Era um sábado de madrugada e eu voltando de sei lá onde de ônibus, cansado pra caralho, assim como todos os outros usuários no momento. Quando o balaio passou no ponto em frente ao shopping entrou um povo muito ouriçadinho gritando loucamente, dando fim a paz que reinava no interior do veículo.
Olhei pra frente com o intuito de ver o que tava pegando, né? Então veio o choque, eu não tava acreditando no que tava vendo, arregalei os zóio e percebi que a minha vó tava lá toda pimpona, tipo a líder da gangue.
Pacientemente cheguei pertinho dela e disse "ô vó, a senhora tá atrápalhando o descanso de todo mundo. A galera tá querendo dormir aqui. Por favor, senta aí nessa cadeira e fala pra suas amigas pararem de gritar." Mas como sempre minha ela não deu a mínima e continuou lá tocando o terror com a galera do mal. Interrompendo a harmonia do ambiente.

Como se não bastasse essa vida boêmia, minha vó agora arrumou um namorado. PUTA QUE O PARIU! Vê se pode? Minha vó tá namorando. Que porra é essa?

Você pode pensar "que bonitinho! Que gracinha! Queria ter uma vovó animada assim." NÃÃÃOOO, isso não é bonitinho, isso não é uma gracinha. Eu só queria ter uma vó que soubesse cozinhar e ficasse sentada na cadeira de balanço fazendo tricô ou crochê (sei lá qual é a diferença de tricô pra crochê, deve ser tudo a mesmo coisa). Pelo menos esse é o meu sonho de uma vovó perfeita.

Já que eu citei o namorado dela, tenho algo a dizer: tô prestes a matar um idoso. Sérião. Como assim o cara sai por aí pegando a vó dos outros? Que conversa mole que esse cara tem? Como uma pessoa tão vivida quanto uma senhora distinta cai na lábia de um sedutor qualquer? Pô, esse cara num tem o direito de se aproveitara carência de pobres idosas viúvas. Hunf...

Falei até com a minha mãe que quero ter uma conversa com esse safado. Que já tem uns dois anos que ele tá aí na pista com a minha vó e não teve a decência de se apresentar pros parentes ainda. Tá achando o quê? Aposto que o pilantra tem outra família na clandestinidade e tá numa aventura extra-conjugal.
Segundo a minha vó, o cidadão até disse que queria conhecer os filhos e netos dela, mas ela achou melhor não. Porque isso ia significar que o bagulho tava sério demais.

Mas pô, que avacalhação é essa? Pera aê, se for pra ficar nessa lenga-lenga vamo fazer a parada do modo certo, né? Que ele e minha vó venham até à minha casa almoçar, quero ouvir o que esse sujeito tem a dizer. Não quero minha vó mal-falada na rua.

Ahhh... e fim de post também!
Eu ia falar sobre a minha vovó por parte de pai, mas acabei me empolgando e essa merda já tá ficando meio longa. Dexa pra próxima.

Tchau, amiguinhos!

domingo, 18 de abril de 2010

Por Que é Melhor ser Homem, 50 Motivos.


Tá aí uma lista de vantagens de como é bom não menstruar e usar rosa (sem ofensas aos atleticanos).

01. Uma viagem de cinco dias requer apenas uma mochila.

02. Conversas telefônicas acabam em 30 segundos ou menos.

03. Nada de filas para o banheiro.

04. Você consegue abrir as tampas dos potes.

05. Ao passear pelos canais da TV, você não tem que parar quando vê alguém chorando.

06. Todos seus orgasmos são verdadeiros.

07. Você não tem que carregar uma bolsa cheia de tralha para cima e pra baixo.

08. Você pode ir ao banheiro sem um grupo de apoio.

09. Se seu trabalho é criticado, você não fica achando que todo mundo te odeia.

10. Você economiza tempo e dinheiro lavando a roupa de 3 em 3 semanas.

11. Fazer sexo não deixa você preocupado com sua reputação.

12. Se alguém esquece de convidar você para alguma coisa, é apenas um esquecimento, e não evidência de que odeiam você.

13. Você não tem que fazer a barba abaixo do pescoço.

14. Nenhum dos seus colegas de trabalho tem o poder de fazer você chorar.

15. Se você tem 34 anos e é solteiro, ninguém liga.

16. Chocolate é um alimento como qualquer outro.

17. Flores resolvem tudo.

18. Você não tem que se preocupar em ‘ferir os sentimentos’ dos outros a cada telefonema pronunciado.

19. Você consegue estacionar em vagas que têm menos de 2.5 vezes o comprimento do seu carro.

20. Ana Maria Braga inexiste no seu universo.

21. A revista ‘Caras’ inexiste no seu universo.

22. Você não tem compulsão de arrumar sua casa inteira em 15 segundos quando alguém toca a campainha.

23. Os mecânicos te dizem a verdade.

24. Você está se lixando se alguém percebe ou não que você cortou o cabelo.

25. Se você está assistindo a um jogo com um amigo seu e ele está no mais absoluto silêncio por 45 minutos, é porque o jogo está bom, e não porque ele está de mal com você.

26. O mundo é seu mictório.

27. Você não depende do seu cônjuge para programar videocassete.

28. Cera quente e suas partes íntimas estão sempre a uma distância respeitável.

29. Cabelos brancos e rugas somam charme.

30. Ninguém fica olhando para seu peito enquanto conversa.

31. Você tem um relacionamento absolutamente normal com sua mãe.

32. Você pode comprar camisinhas sem que o balconista faça aquela cara de ‘visão de raios-X’.

33. Se você diz que vai ligar para um amigo e não liga, ele não fica choramingando e os outros não formam um comitê para solucionar o problema.

34. Você não tem medo da velhice.

35. Você não tem que dispensar uma oportunidade de fazer sexo.

36. Filmes pornô são projetados especificamente para SUA mente.

37. Você não tem que se lembrar dos aniversários de casamento e nascimento de todo mundo.

38. Ter antipatia por ela não o impede de fazer sexo com ela.

39. Quando se encontra com os amigos, você sabe que não vai enfrentar a frase ‘Então, está notando algo diferente em mim?’.

40. Seus amigos não o obrigam a falar sem ter sobre o que falar.

41. A continuidade do Universo não depende da roupa de cama ser trocada todo dia.

42. Ter barriga não o impede de usar camiseta.

43. Você se diverte com listas politicamente incorretas na internet que deixam elas espumando de raiva.

44. Quando elas fazem uma lista esculhambando os homens, você também se diverte.

45. Você não tem um chilique se acha a tampa da privada levantada – e se ela está abaixada você simplesmente a levanta.

46. Por mais imundo que você esteja, tomar banho e arrumar-se integralmente para sair leva apenas 7 minutos.

47. Você não precisa experimentar 9 vestidos para escolher 1 para sair.

48. Você percebe quando um pneu fura.

49. E um pneu furado não o coloca em pânico absoluto à espera do Apocalipse imediato.

50. Você tem saco para coçar quando não está fazendo nada.


Vi aqui e mais em 1000 sites diferentes.

sábado, 17 de abril de 2010

Simples: Ônibus!


Tem coisas na vida que já começam completamente erradas, pegar ônibus com certeza é uma dessas coisas.

Tudo começa bem antes de se entrar no ônibus. Vamos ao contexto da situação:

Você tá lá no centro da cidade, cansado da vida, só querendo voltar pra casa, abraçar seus pais e rever seu cachorro. Todavia, no caminho entre a porta do trabalho/faculdade/escola e o ponto de ônibus existe uma verdadeira saga a ser enfrentada. Conviver com aquele povo bonito e simpático que fica aos gritos na rua:
  • "compro ouro, avaliação é grátis"
  • "celular: compra, vende, troca, conserta e desbloqueia seu aparelho"
  • "dentista! orçamento sem compromisso, dentista"
  • "vem fazer o cartão do Ibi, jovem. Seu crédito é aprovado na hora"
  • "cortar cabelo é 2, escovar é três, salão"
E quando o cabelinho tá um pouco grande então? Uma vez eu passei um tempo sem dar um tapa no telhado, aí era impressionante, toda hora tinha alguém atrás de mim, berrando com toda força do fundo da alma: "COOOORRTAAARR CAAAABEEELOOO ÉÉÉ DOOOIISSS, EEEESSCOOOVAAARR ÉÉÉÉ TRÊÊÊÊÊSSS, SAAALÃÃÃÕOO". Porra, que coisa mais chata!

Hum... depois da longa jornada, chega-se ao ponto de ônibus.
Aiai, aquele calor de 35°C, sensação térmica de 82, no mínimo. aquela muvuca no ponto. Não entendo qual é a dificuldade da rapaziada em fazer uma fila e ficar todo mundo esperando o transporte público civilizadamente. Nããããoo, ninguém curte ser civilizado nessa vida. Aquela densidade de 16000 hab/m², busu sempre atrasado. O incrível é que se não tá batendo um Sol do Deserto do Atacama, tá caindo um dilúvio igual ao da Arca de Noé.

Eis que o ônibus surge. AÊÊÊÊÊ!! Só que nessa hora acontece a coisa mais sem explicação. Acho que a moçada fica muito feliz que o 3503 (o ônibus que eu pego) tá chegando e sai correndo atrás dele. Sabe aquela cena de filme, onde o casalzinho se vê na praia e vai um correndo em direção ao outro pra se encontrarem logo? Pois é, rola mais ou menos isso quando o 3503 resolve aparecer. É uma felicidade só.
Assim dá-se início aquele movimento de massa. O ônibus parado no congestionamento há uns dois quarteirões de distância e a negada correndo loucamente atrás dele.

Diante disso tudo eu me pergunto: Por que? Por que? POR QUE? POR QUE, MEU DEUS?

Aí vem aquele bonde humano, aquelas 7 mil pessoas se amontoam na porta do busão. Todo mundo batendo em todo mundo. É inacreditável como as tiazonas sempre tão armadas de guarda-chuvas pra desferir golpes na gente. O que eu não entendo é que mesmo com o Sol rachando e a umidade relativa do ar em 2% essas muié tão carregando essa porra de guarda-chuva pra descer o cacete nos outros. Toda hora é "dá espaço, menino!" e PAF, toma uma guarda-chuvada bem dada na costela.

Depois de rápidos 40 minutos pra todo mundo entrar no ônibus finalmente o motorista consegue fechar a porta. Acho que demora tanto pra por a galera pra dentro porque os filhos da puta dos usuários ficam lá empacando na roleta. Qual é a graça que esse povo vê em ficar perto da roleta e fuder a passagem de todo mundo? Das duas, uma: ou tem um pote de ouro escondido em algum lugar perto do cobrador, ou esse cara deve ser mais legal que o Gugu Liberato, pra todo mundo querer ficar perto dele. Não é possível.

Quando consegue-se transpor as barreiras iniciais e chegar na parte de trás do ônibus, você se dá conta do quão sua vida é fudida. Então surge uma questão simples: Por que as pessoas não sabem se comportar?
Você lá com a mochila pensando 80kg, com a cabeça debaixo do suvaco de um peão fedorento com medidas 2 x 2m e que não te deixa respirar. Todo torto e sem espaço sua mochila acaba encostando de leve num corno(a) que tá lá confortavelmente sentado(a), e que dá um chilique monstro por causa de uma esbarradinha.
Dá vontade de falar o quê? "Escuta aqui, seu(a) filho(a) da puta de merda, se essa porra de mochila tá encostando aí, é porque você não tem a menor noção do que é educação e não se oferece pra segurar a bolsa de quem tá em pé. Agora para de olhar pra mim e fica calado, se não eu vou te jogar pela janela e comer sua mãe." Hunf... E pra fechar ainda dar um tapa na oreia do sujeito.

Pra acabar com todas as esperanças de chegar em casa de bom humor, começa a surgir um funk ou um rap do último banco do ônibus. Obviamente o som vem dum celular de um mano e obviamente o volume tá no talo.
Como assim? Como o cara é doente a esse ponto? Isso não é simplesmente falta de respeito, isso é falta de cérebro mesmo. Dá vontade de chegar pra esse cara e mandar ele tomar bem no centro do orifício do olho do cu dele e enfiar esse cacete de celular no mesmo lugar citado anteriormente. Mas como eu tenho amor a vida, vou escutando o Jay-z, Racionais Mc's e outros grandes nomes da música mundial, caladinho mesmo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pão da Discórdia



Tchuru-ru-ru... Não sei o por quê, mas tava tendo uma sessão nostalgia aqui em casa, lembrando dum negócio que me aconteceu há alguns anos. Bom, dizem que recodar é viver, né?

Pois bem, continuando o assunto..., o caso é o seguinte: eu devia ter lá meus 13, 14 anos no máximo, e como todo garoto sofredor dessa idade tinha que acordar cedo todo santo dia pra ir à escola. Merda, né? Oh céus...

Acordava puto da vida toda manhã reclamando da jornada tortuosa que eu tinha que cumprir nos meus intermináveis dias.
E olha que eu ainda tinha que conviver com a incompreensão de uma pessoa que diversas vezes se mostra inconveniente na vida de todos nós, conhecida como mãe "ai, vc devia ter vergonha de reclamar assim, tanto menino por aí que não tem a oportunidade de estudar. Que pecado! Você é uma pessoa de sorte, viu?" E blá blá blá. Ficava lá dando a palestra dela sobre as dificuldades do povo brasileiro, minimizando meus sacrifícios, veja só.

Okay, depois de ouvir meia hora de ladainha, me encaminhava pra comprar o pão, enquanto a minha mãe fazia um café gostosinho pra mim (que ilusão, o café dela quase sempre é ruim).

Num certo dia, aparentemente comum como todos os outros, saí da minha casa pra ir buscar meu pãozinho de todas as manhãs. Quando cheguei na padaria quase tive um ataque cardíaco com o que tava acontecendo lá na porta, tava tendo tipo uma revolução no local do pão sagrado.

Parece que a irresponsável da funcionária incumbida de abrir o estabelecimento não colocou a porra do despertador pra tocar. Tava todo mundo esperando o pão do lado de fora.

Então a cena que se segue é realmente assustadora. Mulheres chorando, crianças perdendo os dentes, velhos gritando algo do tipo "A-E-I, nós vamos invadir" e "queremos pão pra população", e comunistas exigindo a estatização da padaria. Os padeiros por sua vez, tranquilamente procuraram uma sombra e foram jogar um truco.
Diante desse quadro de terror instaurado, eu peguei uma pedra e me escondi atrás de um carro que usei de barricada pra tentar defender a minha vida.

Passado um tempo o motim foi perdendo força. As mulheres pegaram as crianças pelo braço e foram ver o programa da Ana Maria Braga, os velhos foram pra casa tomar um mingau, e os comunistas abriram uma cerveja e foram fazer de fora no truco.

Como tudo parecia estar mais calmo e o perigo aparentemente havia passado, resolvi sair do meu esconderijo secreto pra ir em busca de comida, percebi que a muié num ia acordar mais mesmo pra abrir aquela merda. Então simplesmente tive a idéia de ir na padaria concorrente. Olha que idéia genial! Como sou esperto! Pensei no que ninguém pensou.

Ledo engano, quando cheguei na outra padaria tava todo mundo lá; as mulheres, as crianças, os velhos, geral já tava lá; até uns comunistas comprando salame e azeitona pra fazer tira-gosto e acompanhar a cerveja que eles tavam bebendo com os padeiros do truco.

Peguei uma fila quilométrica. Pra falar a verdade o pão nem tava valendo tanto a pena assim, mas agora era uma questão de honra. Como eu ia me olhar no espelho e poder por a minha cabeça no travesseiro e dormir com a consciência limpa se não desse o meu melhor pra trazer pão pra minha família?

Depois de aproximadamente 3 horas de espera peguei o pão vitorioso e saí vazado pra casa. Afinal, minha mãe já devia tá ligando pro IML numa hora daquelas e a aula já tinha ido pro saco pelo tanto que eu demorei.

No caminho de volta da longínqua padaria, percebi que algo estranho pairava no ar: num momento me vi sozinho na rua, o Sol deixou de brilhar, um nevoeiro sinistrão cobria a paisagem, eu sentia o cheiro de conspiração e tocaia daquele ambiente para comigo.
De repente da fumaça e do silêncio apareceu um cachorro, uma verdadeira besta-fera (nem sei se tem hífen), que devia ter sido adestrado pelo próprio Tinhoso do Abismo. Sei lá, parece que do nada alguém tinha aberto o portal do inferno ali na minha frente.

Não preciso nem falar que obviamente o monstro começou a latir e correr atrás da minha pobre e indefesa pessoa pra me matar, né?

Então eu corri mais que Usain Bolt no dia em que ele bateu o recorde mundial dos 100m, mas logicamente o cão das trevas corria pelo menos 10 vezes mais rápido que eu. Já tinha dado meu último gás, ligado meu ultra-turbo, porém o insistente do bicho só chegava mais perto.
Já tava sentindo o bafo do cachorro no meu cangote e pensando meus últimos pensamentos "fim da linha, baby. Adeus, mundo cruel!" Eu tava indo a passos firmes em direção à luz.

Quando tudo parecia perdido, tudo escrito e imutável, o milagre aconteceu: o saco de pão soltou da minha mão e caiu no solo. Primeiramente pensei "merda, vou chegar em casa morto e sem o pão. Minha mãe num vai querer nem me fazer um velório digno." Mas quando olhei pra trás vi que o cachorro preferiu saborear os pãezinhos caído no chão à minha canelinha e parou de correr atrás de mim.

Sério, se eu ainda tinha alguma dúvida que Deus existia, essa dúvida foi embora nesse dia.

Mas pra não dizer que tudo acabou feliz, quando cheguei em casa minha mãe foi logo dizendo "cê tá de brincadeira, né, muleque? Te peço pra ir buscar um pão e você me volta 15 horas depois todo suado, fedendo, uniforme rasgado, despenteado e o pior, sem o pão?!?!?! Já que faltou na escola vai ficar aí nessa cadeira estudando o dia inteiroooo."

Tsc, tsc... vida injusta. Me sacrifíco tanto pra trazer o pão pra essa família e é dessa forma que sou retribuído. Porra de vida ingrata. Bahhh.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Viver a Vida"


Bem... vejamos... eu nem sou um crítico de TV, nem sou uma pessoa observadora e honestamente, nada esperto. Mas têm coisas que acontecem em certos programas, principalmente nas novelas que beiram o absurdo, que deixam até os mais patetas, como eu, estarrecidos.

Olha só:
Tava vendo essa novela das 8 que começa às 9 (contra a minha vontade, que isso fique bem claro), quando a Helena começa um diálogo inacreditavelmente pitoresco com a empregada.
_Tô com uma fome, Maria (não lembro o nome da serviçal, então vai ser Maria mesmo). Sabe o que eu queria mesmo? Queria aquela sua LASANHA DE BERINJELA.
_Ah... é pra já D. Helena!

CALMA AÊÊÊ! Que mundo é esse? Quem com fome e em sã consciência ia desejar com toda a força do coração uma lasanha de berinjela? "Quer saber? o que eu quero mesmo na minha vida é uma lasanha de berinjela".
NÃÃÃÃOO, ela não pediu uma feijoada, não pediu uma buchada de bode, não pediu uma macarronada, nem um saquinho de jujuba, que fosse. Ela pediu uma bela lasanha de berinjela.
Acho que nem o vegetariano mais ativista do mundo pediria uma coisa dessas, ele ia prefirir comer um hambúrguer se soja.

Falando dessa novela, lembrei de outra coisa. Tá bom, eu concordo que o José Mayer é um coroa enxuto. Okay, mas é isso, só isso! Um velho que não tá totalmente acabado. Minha vó tá no direito e na idade de namorar o José Mayer.
Só nessa novela o cara pegou a Taís Araújo, engravidou a Giovana Antonelli e pelo que entendi a ex-muié dele, que é a Lilia Cabral, ainda paga um pau pro cara.
E o pior é que toda novela do "gênio" Manoel Carlos é a mesma merda.
E não importa, não importa mesmo se a novela tem o Reynaldo Gianecchini, o Rodrigo Santoro, o Fábio Assunção, ou qualquer outro ator do mundo. A mulherada vai querer mesmo é o Zezão (José Mayer). E os outros vão ter que se contentar com as feiosas que sobrarem.

Hum... dexá eu pensar, tem dois gêmeos nessa novela, né? Jorge e outro lá que eu esqueci o nome, sei que não começa com J e nem se parece com 'Jorge'. O que já é inovador, porque todos os gêmeos que eu conheço tem nomes parecidos (Felipe e Fernando; Márcio e Marcelo; Thaís e Thamires, etc).
Pelo que entendi os dois são muito bem encaminhados na vida. Um lá tem um escritório de arquitetura e o outro é médico. Bonito, né? Que bom pra eles. Mas aí algo me chamou atenção. Eles devem ter seus quase 30 anos, aparentemente são bem-sucedidos e tudo mais.
Tendo em vista tudo isso, por que ELES MORAM COM A MÃE AINDA??? Porra, até a minha mãe já tá me enchotando de casa, e olha que eu devo ser 10 anos mais novo que eles e sou simplesmente um estudante.
Meu Deus, que hora que essa mãe vai falar alguma coisa? "É, meus filhos. Que bom, hein?! Fico feliz que tá todo mundo bem, mas num é hora docês caçarem seus rumos, não?"
Eu estudo Arquitetura e esse cara me deixa muito desmotivado. Será que com 30 anos eu não vou ter condições de fazer um barraco pra mim?

E as tentativas do Manoel Carlos de tentar dar lições de moral na sociedade? Nessa ele resolveu mostrar os problemas que os deficientes físicos enfrentam no dia-a-dia e blá blá blá.
Até aí tudo joinha, mas como sempre entra a brilhante arte do tio Maneco de mostrar a vida real como ela é.

O que nós temos? Temos uma modelo rica, com pais ricos, namorado rico, amigas ricas, com fisioterapeuta disponível 30 horas por dia, com carros pra levar ela onde quiser, que vive dando rolé por todos os cantos da zona sul do Rio de Janeiro. Afinal, segundo esse grande autor, a zona sul carioca é o centro do Universo.

Sério, a cadeira de rodas da Luciana faz mais coisas que a do Professor Xavier do X-Men! E olha que ele tem que combater um monte de vilões malvados. Essa muié tem mais facilidade que eu pra se deslocar.

Quer mostrar realidade? Um bom exemplo a ser mostrado seria o cotidiano de um deficiente físico pobre e sem os mesmos recursos dessa tal de Luciana. Alguém que more onde não tem pavimentação, cadeira de rodas daquelas cedidas pela saúde pública, que precisa realmente pegar ônibus e que não seja morador da zona sul do Rio de Janeiro.

E os outros 100 personagens da novela? Por que ninguém trabalha? Por que todo dia e toda hora a galera tá na praia? De onde esse povo tira dinheiro?
E sempre, sempre, sempreeeeeeeeee, o começo da novela é com uma música chata de bossa nova? O começo da novela é em alguma cidade européia? Paris, Amsterdã, Roma. Caralho! Quando maioria da população de pobres (pobres mesmo) mortais iam ter grana pra sair por aí desfilando na Europa em qualquer época do ano que fosse?

Então eu pergunto: Onde tem alguma porra de realidade brasileira nessa merda história?

E o pior de tudo é que todo mundo ainda tem que aguentar 'intelectuais críticos de TV' falando que essa novela é o "mais puro retrato da realidade brasileira, com seus dramas e alegrias".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feliz Domingo



Pois bem... Domingão de Páscoa, tô lá todo pimpão curtindo os últimos momentos do meu fim de semana, jogando um FreeCell cabuloso, pensando onde por aquele dama de copas que tava fudendo minha vida toda... até aí tudo normal, tudo na boa, tudo numa nice.

Eis que de repente, não mais que de repente, adentra meu pai pela sala e já começa estragar meus planos de ócio "o meu filho, queria te pedir uma coisa".
Nessa hora eu já pensei "PUTA QUE O PARIU!" Porque é incrível, toda vez que o meu pai me chama de filho existem 3 possibilidades:
a) Aconteceu alguma merda
b) Tá acontecendo alguma merda
c) Tá pra acontecer alguma merda

Já comecei a pensar o pior, achando que meu pai ia me expulsar de casa alegando não poder mais me sustentar. Meio desesperado e com medo de ficar sem-teto tentei levar na simpatia "Fala aê, paizão! Que q c manda?"
Pronto! Arrumei o caminho pra merda começar a feder.

Sem timidez nenhuma ele já soltou "Ah... nada demais. É que a minha carreta tá lá fora, num vai dar pra por na garagem (não sei de onde ele tirou isso, já que na minha casa nem tem garagem, eu simplesmente chamo aquilo de terreiro que eventualmente usamos pra guardar veículos), vc sabe como é, né? Essa violência e insegurança nos nossos dias atuais, não podemos facilitar. Então queria que vc dormisse lá na carreta de novo (sim, essa não foi a primeira vez). Faz esse favor pro pai."

Fiquei puto da vida, né? Trocar meu colchão fofinho por um banco duro... como David Gilmour disse em wish you were here "did they get you to trade cold confort for change?" aiai, vida cruel...
Mas nem contestei. Meu pai já me havia provado em outras oportunidades que a vida da carreta dele é mais importante que a minha. Num tava afim de passar por isso de novo.

Hum..., fiquei em casa mais um pouquinho, tinha que acabar de ver 7 Anos no Tibet. Tava lá horrorizado com a opressão do governo chinês, percebendo que o amigo do Brad Pitt no filme já fez algum dos 38 Harries Potters que existem..., enfim, fiquei lá na esperança do meu pai ter compaixão e falar "quer saber? Foda-se os bens materiais, pode ir lá dormir na sua cama quentinha e aconchegante, afinal, amanhã vc acorda cedo pra trabalhar."

Mas não, NÃÃÃOO, meu pai não falou nada disso. Só me restou arrumar uma trouxinha e ir passar a noite no relento.

Quando eu achava que já tava tudo perdido e fudido, que nada podia piorar, o destino apronta mais uma comigo.
Eu saio com o meu travesseirinho na mão e me deparo com um casal se pegando loucamente no portão da minha casa, bem... acho que no portão da casa do meu vizinho pra falar verdade. Ah... não interessa! Interessa que eles tavam ali na minha frente tentando fazer o kama sutra número 27, se não me engano. PORRA, lamentável! Eu olhei pros dois com uma cara de "WTF?!"
E o sem-vergonha, transgressor da moral e dos bons costumes teve a pachorra (paxorra, sei lá!) de perguntar se eu tava incomodado, se tinha algum problema. NÃÃÃÃOOO, imagina! Num tem problema nenhum. O cara achou o que? "Ó gente, só vim aqui perguntar se não tá falatando nada. Olha só, meu quarto tá liberado essa noite, só vim aqui pra oferecer meus aposentos."

O mais impressionante é que eles continuaram a sessão privé ali por mais um tempo sem se importar com nada na vida. E o incrível que eu quase pedi desculpas por estar passando na hora indevida.
E depois o maluco ainda foi embora me xingando, ele e a muié dele, aquela mocréia sem dente.

Bom, quando eu já tava instalado no meu dormitório, percebi que tava mais calor que o sertão do Ceará e eu tava suando mais que o Frank Caldeira depois da maratona. Todo feliz pensei "pelo menos essa porra ter ar-condicionado". Ahhhh... GRANDE IDÉIA. Não sei o que eu arrumei com o bagulho, mas devo ter ligado no modo Alasca, porque eu comecei a tremer dum jeito, sérião. E eu não sabia reverter a situação, porque simplesmente não tinha um botão do tipo DESLIGA/OFF, nem conseguia diminuir a intensidade, nem nada, fiquei ali mesmo vivendo a Era Glacial.

E pra fechar com chave de merda eu resolvo ligar o som pra (des)estressar. Levei até uns CD's pra passar a noite.
Depois de 4 horas brigando com os aparelhos consegui ligar a bagaça, ÊÊÊÊÊ!! Aí do além começa a tocar um Chitãozinho & Xororó. Okay, no problems, era só tirar, né? Hum... mas quem disse que eu conseguia tirar aquela bosta de CD? Claro que a parada tava estragada, tudo que eu tentava era em vão. De novo eu tava de mãos atadas, num tava tendo sucesso nem pra colocar na rádio. Putz...

Aí como desgraça (desventura pros que não gostam de palavrões) pouca é bobagem, incrivelmente do nada o CD decidiu que ia agarrar. Agora imagina um remix do Xororó: "Vá pro infeeernooo, com o seu amoooooorr-mor-oor-mmor-o-oor... inf-fer-fer-no-o c-c-coom-om se-u-seu-u..."

Blááá. Foi isso o meu final de domingo. Resumindo a obra: deitado num banco/cama duro, com um DJ sertanejo, dando uma festa num apê no Pólo Norte depois de ter visto o sósia do Mussum mandando ver na Hebe banguela.

sábado, 3 de abril de 2010

Como é Triste a Minha Vida


Hoje eu percebi que pessoa infeliz sou eu. Sabe aquele almoço no fim de semana com a família toda em volta da mesa? Pois é, há tempos não sei o que é isso.

Como vocês sabem minha família possui um estabelecimento comercial destinado ao público boêmio, consumidor de bebidas alcoólicas, apreciador de tabaco e degustador de alimentos típicos de tavernas. OKAY, minha mãe tem um boteco, pronto falei! e dái?

Então, como bom filho que sou, fico olhando esse estabelecimento para que possam ser feitos os afazeres domésticos da minha casa, inclusive o almoço, já que a empregada simplesmente decidiu que merece folgar nos (aos. Sei lá! não sei português, foda-se!) sábados. Enquanto o pobre coitado aqui não tem descanso nunca.

Continuando... minha mãe faz um almocinho gostoso (nem sempre, né?) pra toda família. So... todo mundo senta em volta de mesa, conversam, peidam, contam piadas, debatem se o Obina é melhor que o Eto'o, aquela coisa toda.

Tudo muito lindo, tudo muito bem. Mas aí você pergunta: "onde o Lucas tá numa hora dessas que não compartilha desse momento em família?" Eu te respondo: Tá lá que nem um peão atrás daquela porra de balcão olhando o bar enquanto todo mundo se diverte na fartura.

Depois que todo mundo já tá cheio e feliz alguém lembra que esse coitado aqui ainda é parente e precisa comer também.

Então quando ele chega pro almoço o que acontece? O bife tá tão macio quanto um pedaço de madeira e tão quentinho quanto um picolé! O arrroz já virou um Monte Everest, tem três moscas fazendo nado sincronizado no feijão, a batata já tá no bico da pomba, a salada... bem, que salada?

E isso, meus caros, não é o pior! De repente vem aquela solidão... um almoço de fim de semana sozinho, apenas os pensamentos, o vento cortando o rosto, o barulho do garfo no fundo do prato, aiai. Aí depois do 6° copo de coca-cola você dá aquele arroto cinematográfico de 20 segundos ininterruptos. E não tem ninguém, NINGUÉM pra te parabenizar. Sem ter um pai do lado pra dizer: "que coisa, hein, filhão?! Que orgulho!" Nada disso.

Já pensei em arrumar uns amigos imaginários pra almoçar comigo nos fins de semana, mas acho que minha companhia no almoço tá sendo tão desprezada que até meus amigos imaginários vão arrumar outros compromissos pra essa hora.

É só, agora é esperar o próximo almoço de sábado/domingo e comer quietinho na solidão...